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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Poema de minha autoria


O JARDIM DE JESUS


Clotilho Filgueiras



Se teus dias estão cheios de confusão,

Se tuas noites são repletas de tristezas e dor.

O teu coração está angustiado.

A alma gemendo sem ver solução para teu problema.

No entanto, eu tenho a te dizer que seja FELIZ.

E tu me indagas?

__Mas como?

Se nem mesmo o sol com seu brilho e as estrelas com seu fulgor me fazem voltar a sonhar?

Então, irmão, levanta a cabeça e olha para o quadro que Jesus acabou de pintar para você.

Um jardim repleto de rosas multicores com belo aroma . Ele te convida a caminhar por esse jardim.

Jesus, então te pega pela mão e diz :

__Não olhe para os cardos e espinhos, eles somente servem para ferir e magoar. Acaso as minhas promessas, como rosas perfumadas, não podem ser vista por você a cada passo nesse caminho?

Irmão, caminha agora no Jardim de Jesus e faça as tuas palavras a do salmista: “Alegra a alma do teu servo, pois a ti Senhor, levanto a minha alma”. (Salmos 86:4).

Não deixe que os espinhos das dificuldades e injustiças tirem o aroma e o brilho desse jardim que Jesus acaba de plantar no seu coração.

Lembre-se da promessa que o Mestre disse aos discípulos:__ Olhai para as aves dos céus que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros e Vosso Pai Celestial as alimenta, não tem você muito mais valor do que elas?

Deus não põe o alimento no bico do passarinho e nem faz seu ninho, no entanto, eles apanham as sementes espalhadas, alimenta seus filhos e saem cantando alegremente. Então, quanto a você, só basta confiar que o Senhor vai prover tuas necessidades.

Confia agora no Senhor e trarás esse Jardim do Céu até aqui.

Começa logo, a cultivar essa terra com o adubo da fé e semeia nela as sementes da esperança, tendo a certeza que você vai colher as rosas da vitória em sua vida.

Nesse instante o dono desse jardim que é Jesus vai te abraçar e lhe dizer:

“ A Minha alegria permaneça em você e a vossa alegria seja completa.” (João 15: 11).

sábado, 26 de maio de 2012






TEU PAI É RICO



Myrtes Mathias


Bem posso compreender

O teu desejo de ser rico,

Não tanto para teu próprio conforto,

Como para responder a estes mil pedidos de ajuda que te chegam aos ouvidos

E te atormentam o coração.

Como Pedro e João,

Não tens prata, nem ouro;

No entanto,

Eu te asseguro que és rico:

O verde do mar, o dourado da areia,

O azul do céu,

A beleza da flor,

A ternura do amor, tudo é teu.

O ar, a água, o sol, o luar.

O privilégio de sorrir,

O direito de sonhar,

A liberdade de partir,

A alegria de voltar,

Tudo isto te pertence,

Sem que precises pagar.



Além desses bens terrenos,

Grande é o tesouro que tens:

Lá no fim do teu caminho,

Se abrem as portas dos céus.

E as promessas do Senhor, nas horas de solidão?

E o sentimento de paz, que vem depois do perdão?

Meu irmão, como tu és rico!

Como és rico, meu irmão!



Repete aos que te cercam

As palavras proferidas pelo grande pescador:

__ “Não tenho prata, nem outro, mas o que tenho, isso te dou; uma palavra que levanta minha mão e meu amor.

Com os lábios e com atos

Faze tuas estas palavras

E trarás o céu aqui.

Pois este isso é o tudo

Que Deus quer que distribuas, que o mundo espera de ti.



O amor é uma estranha fonte,

Quanto mais dá, mais produz; distribui a todo instante,

Com aqueles que te rodeiam, a chave que move o céu,

Os bens que te dá Jesus.

Àqueles que esperam em ti abre os braços e o coração;

Já agora não tens desculpa, pois bem sabes que és herdeiro, filho de um Pai que é rico,

Muito rico, meu irmão!

sábado, 12 de maio de 2012









REENCONTRO



Myrtes Mathias






Quando o conheci, “era jovem demais para saber amar”


E seu amor me pareceu uma forma de escravidão.


Não entendi que tudo exigia, porque tudo entregara,


Tudo queria, porque tudo me dera. E eu o traí.


Menos por maldade


Que por falta de compreensão. Esbanjei a liberdade que me deu,


Num deturpado senso de valor.


Troquei-o. Troquei-me por prazeres efêmeros, instantes de loucura que chamei de amor.


Levou muito tempo para que eu descobrisse o preço enorme que eu lhe havia custado:


Esvaziando-se de si mesmo, ele havia deixado um trono, uma coroa, a glória.


Um reino ilimitado de poder,


Para descer até onde eu me encontrava.


E, já que não pude tornar-me rei, ele despiu seu manto de púrpura e eternidade, e se cobriu


Com as roupas de um plebeu.


Calçou sandálias, e deixou que seus pés se cobrissem de pó.


Sua cabeça pendeu sob um sol que abrasava, sem o conforto de uma pedra para repousar. E, como se tudo isso não bastasse, propôs ao Pai, que uma atitude exigia, trocar sua vida pela minha. E assim eu o encontrei, só e humilhado, um simples Homem chamado Jesus, levando nos ombros uma enorme cruz. E, vendo-o receber os açoites que eu merecia, beber o cálice que eu beber devia, senti toda a vergonha de minha traição, a perversidade de cada ato meu.


Em desalinho, coração em pedaços, (que foi tudo quanto recebi daqueles pelos quais eu havia trocado) caí aos pés da cruz, onde ele agonizava em nome de seu amor por mim. E nem ousei perguntar que marcas eram aquelas, eu bem sabia a origem delas: se não me tivesse amado, se por mim não se houvesse trocado, nada daquilo lhe teria acontecido.


E eu, que julgara seu amor uma forma de escravidão, beijando o chão que seu sangue molhava, solucei: ___ Perdão! Bem sei que não podes esquecer todo o mal que, leviano, te causei: as lágrimas que te fiz chorar; esta cruz horrível em que te preguei.


Mas até o fundo abismo da minha miséria, até a lama em que eu me debatia, esquecendo a própria agonia, ele enviou um piedoso fim para uma triste história:


__ Eu já me esqueci dos teus pecados. Para os erros que são confessados, Deus não tem memória.


Ainda de joelhos, ousei abrir os olhos, para contemplar Aqueles que fitavam os meus. E descobri que: Não era um Rei que me absolvia; não era um homem que os braços me estendia. Naquele instante para todo o sempre, eu me unia a Deus!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Escreve em Mim






Escreve em Mim    

Myrtes Mathias




Senhor, aqui está minha vida,

não como um documento já preparado

à espera da Tua rubrica.

Apenas uma folha de papel em branco

a ser preenchida com a vontade Tua,

com os planos Teus.

Por favor, Senhor,

pensa em minha insuficiência,

considera minha dificuldade de compreender

e escreve com tintas vivas, nítidas,

de tal maneira que me seja impossível

confundir ou duvidar.

Quero sair agora,

ainda hoje, se possível for,

a mostrar ao mundo o que escreveste em mim,

a provar aos homens que Tu és o Autor.



Que a mais simples criança possa ler-te em mim

e que o mais sábio dos homens possa reconhecer

em cada gesto meu

o traçado dos eternos dedos Teus.



Diante desse mundo que se desintegra,

desta sociedade que exige cada vez mais,

quem sou eu para escrever primeiro

e pedir depois a Tua aprovação?



Estende a mão que gravou no Sinai a Santa Lei,

que escreveu na areia uma mensagem até hoje desconhecida

e, para o bem do mundo,

para glória Tua,

para paz de minha alma,

escreve na folha em branco de papel que eu sou,

a palavra que és Tu mesmo:



AMOR!



 
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